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A mostrar mensagens de novembro, 2017

White Line Fever - uma leitura e impressões

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Confesso que por diversas razões já não pegava num livro há meses.  Quando peguei naquela "pequena" obra acerca de um dos ícones do Metal mundial, descrente como estava de chegar o fim da mesma, não tinha quaisquer expectativas. O que é certo é que as 180 páginas foram lidas e proporcionaram-me bons momentos em que a gargalhada saiu, os momentos mais trágicos fizeram-me refletir e de um modo geral apreciei. Lemmy Klimster é um daqueles pioneiros do Metal, que de forma casmurra vingou, a ferros, muitas vezes contra tudo e todos impondo o seu querer, vontade e a sua maneira de estar que musicalmente vingou. Não é tudo sex drugs and rock n roll...mas tem muito e é pujante no discurso direto que impera em todo o livro ou não fosse uma autobiografia. Os fracassos, as drogas, o álcool a rodos, a descrença da industria musical vigente que de modo preconceituoso nunca reconheceu o seu pioneirismo e influencia no meio mais obscuro da musica rock - o Heavy ...

Aqueles dias no 24 ....

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Acabo de olhar uma noticia num portal online sobre Greystone Park (um manicómio americano encerrado em 2003) e transporto-me em pensamento aquele e a tantos outros locais semelhantes por onde passam os sós dos mais sós - os doentes mntais mais ou menos profundos, mais ou menos presentes. Percebo quer pela noticia, quer pelo conteúdo o enorme desconhecimento que ainda hoje se tem sobre as doenças mentais e os seus pacientes bem como os locais onde são ou devem ser tratados.   Uma mistura de preconceito, medo, showoff, opinião sobre o que não se sabe grassa na sociedade. Qualquer pretenso jornalista faz essencialmente um post sobre algo quando o seu core business seria apenas noticia, ou opinião quando especificamente solicitada.   Pois bem, infelizmente posso testemunhar um pouco do que já vi sobre o tema e falar dessa enorme instituição chamada Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. È como qualquer instituição -tem coisas boas e tem coisas péssimas.   ...

Quantos e Quem Somos?

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Quantos cuidamos e quantos precisamos de cuidado? Quão sozinhos nos sentimos? Quantas vezes perguntam por nós...os que cuidamos e os que precisam de cuidado?    Quão longe está a distância de um gesto de carinho e amizade? Quantas vezes quem cuida e quem precisa de cuidado se sente impotente perante a ausência de  respostas de uma sociedade (des)informada acerca da doença mental? Quantos doentes mentais são votados ao abandono e acabam vivendo nas ruas? Quantos amigos se ausentam nessas alturas de prova e medo? Quantos lá ficam ao lado marcando a sua posição? São apenas questões para refletirmos acerca dos sós dos mais sós - os doentes mentais. Numa sociedade acelerada pela velocidade de informação e instantaneidade, não há lugar para os "fracos" que facilmente são cilindrados pelo esquecimento.  Cada ser humano constitui uma história de vida única feita de escolhas, por vezes erradas e que de forma quase subrepticia pod...