Superação


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Fernão Capelo Gaivota tinha como maior objeto voar sempre mais alto, vencendo as próprias limitações até chegar à perfeição.
 
As outras gaivotas do bando ignoravam esse seu jeito de ser. Elas aceitaram o perfil imposto: gaivotas não voam como os gaviões, e pronto. Mas  Fernão era questionador por natureza, seu espírito  revolto não  aceitava   as  barreiras impostas. Porque não podia voar rápido como os falcões? Por que  não  podia  voar  à  noite  como  as  corujas?  Porque não podia fazer voos rasantes como os pelicanos e albatrozes?
 
Às vezes parecemos talhados em pedra. Não conseguimos ceder para aprender. Fernão pagou um preço muito alto por se recusar a seguir o destino traçado para o Bando. Foi julgado, banido do Bando.
 
Fernão voou até o céu. Então ele descobriu que ali havia gaivotas que pensavam como ele. Elas também tinham o mesmo sonho: ir além da mesmice, superar obstáculos, vencer a si mesmas. Tocamos o céu cada vez que crescemos espiritualmente. A perfeição não tem limites.
 
As gaivotas que temem a estrada para a perfeição, não voam além da mediocridade. As que corajosamente enfrentam os desafios porque desconfiam de tudo que é finito, vão a qualquer lugar sempre que quiserem.
 
Para vencer as próprias limitações é preciso acreditar que pode. É preciso sentir que já conseguiu. É preciso ignorar que nos encontramos presos dentro de um corpo limitado.
 
Nosso voo mais difícil será aquele que nos levará ao aprendizado do verdadeiro significado da bondade e do amor. Afastemos a ideia de limitação e alçaremos voos ao infinito.

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