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A mostrar mensagens de maio, 2017

Ozymandias

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I met a traveller from an antique land, Who said—“Two vast and trunkless legs of stone Stand in the desert. . . . Near them, on the sand, Half sunk a shattered visage lies, whose frown, And wrinkled lip, and sneer of cold command, Tell that its sculptor well those passions read Which yet survive, stamped on these lifeless things, The hand that mocked them, and the heart that fed; And on the pedestal, these words appear: My name is Ozymandias Ozymandias Pharaoh Rameses II (reigned 1279-1213 BCE). According to the OED , the statue was once 57 feet tall. , King of Kings; Look on my Works, ye Mighty, and despair! Nothing beside remains. Round the decay Of that colossal Wreck, boundless and bare The lone and level sands stretch far away Percy Bysshe Shelley

Vidas Suspensas - Alienação Parental

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Há dias via na SIC o Programa Vidas Suspensas que abordava mais uma vez o tema Alienação Parental e mais uma vez levei um soco no estomago. Regressava a poucos anos atrás ao ver aquela reportagem – um miúdo adotado com 8 anos envolto num processo de divórcio manipulado por uma mãe cruel, fria e calculista que transformou a cabeça de uma criança emocionalmente frágil numa amalgama de maus pensamentos acerca do pai que aparentemente (naquele caso) se dedicou ao filho, lhe proporcionou bons momentos, que o procurou e que foi acusado de perseguir a mãe para poder dizer ao filho – PRESENTE, o pai está presente. Também eu já vivi situação semelhante e em nome da minha sanidade mental e estabilidade financeira e vida particular, tive que largar amarras e deixar a criança que adotei para trás, pois quando me separei da mãe do João fui intitulado em casa dela de o “filho da puta do teu pai” e todo um processo de desconstrução / destruição da minha imagem perante o grande herói...

Parabéns ao meu Benfica

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Caverna

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Que teias se montam por sobre o Homem? Que enredo se perturba pela indiferença que perdura? Que solidão de penumbra, faz uma vela se acender ao vento? Quantas noites não dormidas em sobressalto se constroem na duvida? Quantas cobertas se amortalham nos corpos daqueles que nada esperam? Que olhares se cruzam com a negritude ? Quanta interrogação faz parar? Em que se perturba o mecanicismo dos dias? … Que quebras são necessárias para parar e olhar, ver e reparar? Quais as lutas que se consideram justas? Nascerá um sol um dia? Estará o astro rei perdido numa fase quântica? Perdurará a dor? Durará por quanto tempo a dúvida da existência? Estancaremos a tempo o sangramento voraz dos dias? Irromperão as lutas e as revoltas como incandescência caindo dos céus? Passaremos á caverna?

Dia de uma Mãe (um dia será ?....)

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Podia e devia ser um dia de comemoração. No caso é mais um dia no calendário. Cedo percebi que me encontrava num cenário errado e bizarro em que via o que não devia em casa e era vitima daquilo que apregoam os escaparates de hoje de violência doméstica do mais agressivo e descarado possível - numa altura em que era normal filhos e mães serem espancados porque sim. vizinhos, família, autoridades e todos assobiavam para o lado, contudo mãe, hoje é a ti que me dirijo, num tom magoado e quiçá irado por tudo aquilo que não ousaste. Em tenra idade te vi e levar "pancada de meia noite" como o povo diz porque ele chegava a casa e alcoolizado ou não, porque o dia lhe tinha corrido mal, porque as prostitutas que paravam na Quentinha no Cacém lhe davam calores e em casa não estava o que queria, porque na escola eu não me tinha sabido defender, ou porque não sabia atar os sapatos, porque corria e caia e aparecia com a  roupa e joelhos esfolados, ou até porque fazia aneurese ...

Pois e então que ...

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Um enorme vazio que corrói a carne e a alma, que perdura para alem do que se imagina que perdura como infinitude perversa, que é lato como buraco negro que ensombra a luz mais brilhante. uma fé que encostou num passado que teima em martirizar um sentido das coisas oco como negra solidão   uma procissão sem santos mas com negros mantos uma dor vazia que queima um grito que não sai um olhar que se encerra nuvem de treva lágrima derramada caindo á terra por sobre o esquife as saudadas que ficam as janelas que para sempre fecham um lar que fecha para num sempre nunca mais abrir....