Vidas Suspensas - Alienação Parental
Há dias via na SIC o Programa
Vidas Suspensas que abordava mais uma vez o tema Alienação Parental e mais uma
vez levei um soco no estomago.
Regressava a poucos anos atrás ao
ver aquela reportagem – um miúdo adotado com 8 anos envolto num processo de
divórcio manipulado por uma mãe cruel, fria e calculista que transformou a
cabeça de uma criança emocionalmente frágil numa amalgama de maus pensamentos
acerca do pai que aparentemente (naquele caso) se dedicou ao filho, lhe
proporcionou bons momentos, que o procurou e que foi acusado de perseguir a mãe
para poder dizer ao filho – PRESENTE, o pai está presente.
Também eu já vivi situação
semelhante e em nome da minha sanidade mental e estabilidade financeira e vida
particular, tive que largar amarras e deixar a criança que adotei para trás,
pois quando me separei da mãe do João fui intitulado em casa dela de o “filho
da puta do teu pai” e todo um processo de desconstrução / destruição da minha
imagem perante o grande herói do João que era o pai.
Jamais recuperarei o que a lei
consagrou – o meu direito de paternidade. Em tempo algum terei o crescimento do
João na minha retina, as suas dores, angustias e/ou alegrias, pois num processo
parricida a mãe do João (e porque trabalha no Ministério da Justiça) me acusou
de violência doméstica e com base em mentiras e manipulação do filho conseguiu
a minha condenação e consequente afastamento compulsivo do laço familiar que me
ligava a ele. Cerca de 20 mil eur depois, muitas humilhações, conivência da
Santa Casa da Misericórdia de lisboa (na pessoa de uma psicóloga de apelido
Tigeleiro e que me disse na minha cara que o meu papel na vida do João,
cumprir-se-ia para sempre no pagamento de uma pensão de alimentos), DIAP,
Tribunal de Família e Menores, deixei-o ir. Não era possível lutar contra um sistema
podre (como referido pelo meu advogado) que iria sempre proteger um seu
funcionário contra um ninguém como eu.
Sim, desisti de lutar pelo João,
desisti da paternidade em nome de mim num lamentável egoísmo forçado, sabendo
de antemão que o meu filho foi mal tratado, manipulado pela mãe e pelos que a
rodeavam e rodeiam e que nunca o recuperarei, e neste momento nem sei se quero,
tais eram os problemas que adviriam.
Espero sinceramente que o João
esteja bem e que cresça feliz com a escolha involuntária que fez – isso é sem dúvida
o mais importante.
Quanto á mãe do João, acredito
piamente que a vida lhe vai dando respostas porque nunca se pode pensar que se
atira merda para cima da ventoinha e ela não vem ter connosco.
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