Pois e então que ...
Um enorme vazio
que corrói a carne e a alma,
que perdura para alem do que se imagina
que perdura como infinitude perversa,
que é lato como buraco negro
que ensombra a luz mais brilhante.
uma fé que encostou num passado que teima em martirizar
um sentido das coisas oco como negra solidão
uma procissão sem santos mas com negros mantos
uma dor vazia que queima
um grito que não sai
um olhar que se encerra
nuvem de treva
lágrima derramada
caindo á terra por sobre o esquife
as saudadas que ficam
as janelas que para sempre fecham
um lar que fecha para num sempre nunca mais abrir....
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