Parece que ...

Ontem percorrendo um dos subúrbios de Lisboa, na zona de Mem Martins, apercebi-me do quão forte a crise económica bateu à porta daquelas famílias inebriadas pelo milagre económico de uma moeda unificada .

 Magnificas urbanizações em altura que de forma claustrofobica acolhem aqueles que tentam estacionar para visitar um amigo quem sabe ou até de quem reside por ali. Prédios, quais castelos decrépitos tomados pela impiedosa humidade que toda a estrutura corroi. Famílias algumas que tendem a querer sair dali o quanto antes dado o numero de placas de venda aposto em cada janela. 

O "mitra" que tem ar de pintas e que conduz um mega BMW tão deslocado por aqueles lados e que é igual a qualquer pinta e que é bom não estilhar, pois pinta que é pinta com pinta não estilha.

Visitei um lar que já o não era...resquícios de destroços de uma vida que já não se espraia por ali. Deprimente como todo o bairro, rosa desbotado pelo tempo, poucos recursos e humidade premente. 

Gosto questionável aquele que, quem sabe em alguma altura fora já um pedaço de esperança que se esfumou em vidas desfeitas por esta ou aquela razão. Sim...aquela é uma parte da Sintra que não se mostra em escaparates turísticos, não é eleita património da humanidade até porque a dita tem níveis assombrosamente baixos, e cuja edilidade ali tão próxima se esqueceu aliás como o faz desde sempre. Sintra vila é muito diferente de Sintra concelho pelas piores razões e ali em Ouressa está o tal mau exemplo de ser Sintra que quem vive em Lisboa pleno de bazofia diz tão mal..sim...ali têm razão infelizmente...

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