Plano C 3.0

É comum o balanço no concretizar de um ano que se extingue. Comuns são também as resoluções para o que se avizinha, e quanto a isto a resolução principal para 2017 é o não existir resolução alguma. Neste que se vai oficializei a minha relação de seis anos com a L. e demos o nó no fim de Fevereiro e aí sem duvida foi a principal marca que deixei estabelecida. O resto foi um constante aprender, um voltar ao de leve a um pequeno inferno que há tantos anos me corrói mas que breve espero desbravar a fundo a fim de matar a chama que o alimenta. Vivi um ano que marcará em definitivo uma viragem em  mim. Boas noticias com esta coisa dos entas que custa a entrar mas que de forma definitiva nos marcam.  Não é o ano que vira ...somos nós que estabelecemos a diferença...ou o passado manter-se-á em nós para todo o sempre. Assim será ....

💀 Tenta-se levar os dias úteis perante a inutilidade com que no brindam de forma diária. Tenta-se acordar pela manhã com alegria contagiante Tenta-se olhar o espelho e tirar a remela colada ao canto do olho Tenta-se engolir a codoa de pão pela manhã porque urge sair de casa e picar o ponto Tenta-se esquecer a ferida do passado que teima em não fechar Tenta-se a socialização porque assim deve ser Tenta-se não mandar á merda aquele merdas que nos incomoda Tenta-se de forma diária estar pois no dia que tal não acontecer algo vai mesmo mal Tenta-se vingar o dia útil Tenta-se correr com a acidez da luta do dia que foi Tenta-se ....acima de tudo...tenta-se...

Nos entretantos as festas estão quase findas e mais uma séria sessão de hipocrisia desaparece do horizonte emergindo outras para se sobreviver :) Este ano foi um natal incrivel - não torrei dinheiro que não tinha, não comi que nem uma besta, não recebi presentes que não servem para nada, não me deram cuecas nem merdas semelhantes, nem sequer se fez aquele apetrecho luminoso que se intitula de árvore de natal e em que os meus felinos se adoram pendurar. Menos dores de cabeça portanto. Não engordei sequer e não tenho aquela sensação de frete continuo em multiplos jantares de natal...acho que isso se deve chamar de envelhecer...BEM. Não fiz fretes a ninguem e com o tempo fui banindo gente tóxica da minha vida que me fazia tantas vezes sentir uma merda, quando os verdadeiros cagalhões eram eles...familia incluida. Estou a chegar a um status de vida em que já não aturo coisas que não quero e inclusive no trabalho que tem um ambiente de merda e no qual fingem q...

A propósito deste magnifico post decidi refletir acerca de um divórcio que nunca foi e que me trouxe um lamentável lastro de tristeza, mal estar, uma infância terrível com laivos de masoquismo pela adolescência e que perpetua na minha memória a possibilidade de algo que nunca foi. Cedo percebi que vivia numa seio familiar de uma violência psicológica e física extrema. Lá em casa qualquer coisa era motivo para discussão, desconforto, lágrimas, pancadaria em que o agressor sempre foi o meu pai, que como ex combatente da guerra colonial misturado com álcool e de quando em vez comprimidos tornava tudo num ambiente deveras explosivo. Cresci a ver a minha mãe a ser espancada e eu próprio a ser saco de pancada por tudo e por nada. Naturalmente que em cada episódio desta saga, a vergonha se acumulava em mim pelo que se passava lá em casa com a vizinhança a olhar-nos de lado e a nada fazer para ajudar, e o resto da Idanha a saber +/- o que se passava evitava contacto... dos amigos da ...

Deve ser da idade ou algo assim... esta época em que maioritariamente e de forma artificial leva tanta gente a estar feliz e a ser amigo de toda a gente, cada vez mais me diz menos. A azáfama das compras, os centros comerciais cheios que nem ovo, o transito em seu redor transformado em inferno, as crianças a gritar dentro das lojas porque querem algo que os pais têm de satisfazer ou a birra tem de continuar porque sim, o gasto de dinheiro sem nexo ou qualquer significado, as campanhas de solidariedade com aqueles que menos ou nada têm e que em nome de uma tshirt transforma meio mundo em voluntários (a malta come o resto do ano sabiam?), as luzes que trazem outro colorido a alguns sítios fazendo esquecer a solidão das ruas... Não me assiste de facto...o Natal diz-me pouco ou até quase nada e por isso é mais um dia que infelizmente este ano não tem feriado por calhar num fim de semana e que até não irei preencher com comer até cair e afins... Por isso F...

A Luz vestiu-se de gala com uma coreografia para receber a nossa Equipe e os convidados . Num grandioso espetáculo patrocinado pelo publico, foi recriado o Inferno da Luz, com efeitos pirotécnicos e com uma animação há muito não vista na Catedral. Recebíamos um trio de arbitragem que permitiu há um ano que partissem o braço a Luisão deixando-o de fora 4 meses sem qualquer tipo de penalização para o autor da proeza. Às 18h o derbi iniciava-se mostrando-se eletrizante . Tínhamos uma novidade na frente esquerda com Rafa a espalhar um perfume mais acertivo do que Cervi costuma fazer com toda a rapidez que imprime á jogadas e rapidamente começámos a ver resultados. A crise das duas derrotas pretéritas rapidamente se esfumava e o Benfica marcava aos 20 minutos e a Luz explodiu de alegria. O adversário não entregou o jogo e tentava por todos os meios inclusive por William e Adrien a distribuírem pancada nos adversários como nunca tendo como penalização uma mão cheia de nada...

Ontem percorrendo um dos subúrbios de Lisboa, na zona de Mem Martins, apercebi-me do quão forte a crise económica bateu à porta daquelas famílias inebriadas pelo milagre económico de uma moeda unificada .  Magnificas urbanizações em altura que de forma claustrofobica acolhem aqueles que tentam estacionar para visitar um amigo quem sabe ou até de quem reside por ali. Prédios, quais castelos decrépitos tomados pela impiedosa humidade que toda a estrutura corroi. Famílias algumas que tendem a querer sair dali o quanto antes dado o numero de placas de venda aposto em cada janela.  O "mitra" que tem ar de pintas e que conduz um mega BMW tão deslocado por aqueles lados e que é igual a qualquer pinta e que é bom não estilhar, pois pinta que é pinta com pinta não estilha. Visitei um lar que já o não era...resquícios de destroços de uma vida que já não se espraia por ali. Deprimente como todo o bairro, rosa desbotado pelo tempo, poucos recursos e humidade premente.  ...

Quando Tim Booth entra na Arena Meo em Lisboa, bem composta, pelo meio do publico cantando em versão acústica, o pavilhão ficou surpreso, coberto de espanto e todas as cabeças se viraram para o turbilhão que irrompeu de forma serena olhando os olhos de cada fã mostrando uma serenidade imersa que contagiava cada um que exultava com a sua presença. Termina a primeira em modo Fred Astaire apoiado na grade ajudado pelo publico a permanecer num ténue equilíbrio em que a voz não falha nem desafina. Olha-nos nos olhos buscando a nossa alma em cada palavra que profere. James estão em grande forma. Desfilam grandes sucessos com a mesma humildade como se estivessem a apresenta-los pela primeira vez e um heterogéneo publico acolhe-os com alegria, cantando e dançando ao som daquela banda de Manchester nascida em 1981. Mostram canções novas onde Tim Booth se mexe com uma loucura fora do comum, mas natural nele. O jogo de luzes é sóbrio mas festivo, o som esteve muito bom...

  Vejo por aí muito treinador de bancada que até se dizem Benfiquistas a dar pancada na equipa profissional de futebol do Sport Lisboa e Benfica.  Também eu fui no ano passado alguém que se fartou de berrar no incio da época que Rui Vitória era isto e aquilo, mas tive que me render á evidencia que é o homem certo no lugar certo, na altura exata. Estivemos 10 meses sem perder para o campeonato e achamos que isso é fruto do acaso...certo?  Estive na Luz naquela terrível noite em que levámos 3 golos do nosso adversário do lado errado da 2ª circular e aí também me fui abaixo e amaldiçoei toda aquela gente que estava dentro do campo e que psicologicamente estava afetada por um turbulento inicio de época. Em maio rimos todos, estávamos felizes e percebemos o quão errados tantos de nós estávamos. Esta 6ª foi mais uma daquelas noites em que frente ao Marítimo não tivemos suficiente arte para os levar de vencida, talvez por azar, talvez porque no subconsci...

"Try firewalking inside of me when everything falls apart" (Moonspell)

Assistindo ontem ao Prós e Contras da RTP veio-me á cabeça o presente. Assistíamos a um pobre espetáculo onde a depressão da direita portuguesa vazia de ideias e alternativas despeja uma cassete mandada gravar num estúdio rasca talvez ministrado por Relvas e reproduzida ad nauseam por Passos Coelho.   Eis senão quando surge um dos maiores arautos e expoentes máximos deste conceito oco e doloroso – Paulo Baldaia, eminente diretor do Diário de Noticias onde apregoa isenção desde que se observe e publicite um lado do expecto político sedento do regresso ao séc. XIX perpetuado pelo bafio de Salazar, onde os pobres eram só isso e depois havia uma classe que tudo podia – JAMAIS REGRESSAREMOS A ISSO MEUS CAROS. Ora Paulo Baldaia que monopoliza de forma longa um Fórum da TSF com opiniões que parecem desafinadas e trágicas orquestras de um navio já com a proa afundada em alto mar com um capitão que permanece a comer caviar quando nas suas costas os barões do PSD já afiam ...

Ontem á meia noite na Fnac do Colombo foi colocado á disposição dos fãs de Metallica o seu ultimo e nobre registo. Antes todos foram presenteados com a presença do mítico António Freitas, Pedro Romão,  Rui Duarte (eterno vocalista dos RAMP) e Pedro Lopes, quem em amena cavaqueira foram relatando as suas opiniões sobre o novo álbum, bem como tivemos também a sua partilha de histórias acerca da sua convivência com o fenómeno Metallica bem como as suas interações com os próprios. Foram chamados também alguns fãs ao palco (o maior fã já os viu ao vivo 46 vezes por todo o mundo) que naturalmente declararam a sua predileção pela banda e o que os move em torno destas lendas. De seguida fomos presenteados com um showcase promovido capitulo português do clube de fãs - Portugallica - com os magníficos Blackallica (banda de tributo). Tratam-se 4 elementos da zona do Ribatejo que prestam tributo ao trabalho dos Metallica e desenganem-se aqueles que acham que é só uma ban...

gen·te gen·te ( latim gens , gentis , conjunto de pessoas com o mesmo nome , raça , família ) substantivo feminino 1. Conjunto indeterminado de pessoas . 2. Conjunto dos habitantes de um território , país . = POPULAÇÃO , POVO 3. Género humano . = HUMANIDADE 4. Alguma ou algumas pessoas ( em oposição a ninguém ). 5. Grupo de pessoas com afinidades ou interesses comuns . 6. Grupo de homens armados . = BANDO 7. Índole das pessoas . 8. Ser humano . = PESSOA 9. Os membros de uma família . "gente" , in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/gente [consultado em 15-11-2016]. pes·so·a |ô| pes·so·a |ô| ( latim persona , -ae , máscara , personagem ) substan...

Esta é uma transcrição de um texto de um jornalista espanhol sobre o que está a acontecer á Europa e que de alguma forma merece uma reflexão de todos. A VERDADE A QUE MUITOS TEMEM ADERIR. Eis um interessante ponto de vista. O que se segue é uma cópia de um artigo escrito por Sebastian Vilar Rodríguez, escritor espanhol, publicado em jornal espanhol. Não necessita de muita imaginação para associar a mensagem ao resto da europa, possivelmente ao resto do mundo. O que realmente morreu em Auschwitz? Percorrendo as ruas de Barcelona, de repente descobri a terrível verdade - a europa morreu em Auschwitz... Matámos seis milhões de judeus e substituímo-los por 20 milhões de muçulmanos. Em Auschwitz queimámos uma cultura, pensamento, criatividade, talento. Destruímos o povo escolhido, verdadeiramente escolhido porque produziram grandes e maravilhosas pessoas que mudaram o mundo. A contribuição dessas pessoas é sentida em todas as áreas da vida: ciência, arte, comérci...

Ainda não refeito do tal balanço do post anterior, eis que hoje me é colocado pelo Portal Sapo um destaque para este magnifico post sobre ansiedade e de facto é altura de me considerar normal dentro desta anormalidade da doença da psique. Estamos bem onde não estamos (como dizia o Variações), temos conversas imaginarias e até discussões na nossa cabeça como deveriamos ter agido em determinada situação ou altura da nossa vida; recordamos coisas do passado que julgávamos esquecidas e mortificamo-nos porque aquilo nunca mais sai da cabeça; odiamos a gente que nos rodeia mas por vezes temos receio da solidão que nos envolve; apetece saltar da ponte e acabar com isto de ansiar pelo dia que nos trará um momento de paz; temos medo do desconhecido; imaginamos tantos projectos que nunca concretizamos, porque a preguiça fala mais alto ou o tempo não chega e há sempre as coisas de casa que se não as fizermos....ninguem as faz.  Prezamos a liberdade do não me incomodes, não ent...